Patrono: Paulo Leminski
Acadêmica: Geilda Souza de Carvalho
Cadeira: 22
Semana de homenagens ao Patrono da AVL – Academia Virtual de Letras “Antônio Fernandes Aleixo”
(Nascimento-Vila Real de Santo António, 18 de Fevereiro de 1899 Local da morte- Loulé-Portugal -16 de Novembro de 1949) 50 anos.Nacionalidade- Português
Quadras
António Aleixo
Sou humilde, sou modesto;
mas, entre gente ilustrada,
talvez me digam que não presto,
porque não presto p`ra nada.
(Sou simples, sou pobre;
Mas entre gente rica,
Talvez digam que sou nada,
Porque sou pobre e sincera.)
Forçam-me mesmo velhote,
de vez em quando a beijar
a mão que brande o chicote
que tanto me faz penar.
(Eu não sou uma velhota,
Mas aprendi a beijar,
Com a mão que me segura,
Que tanto me faz pensar.)
Por de Deus ter recebido
tantas provas de bondade,
já lhe tenho até pedido
a morte por caridade.
(A Deus tenho pedido,
Provas de bondade,
Em gesto, tenho recebido,
Amor e sinceridade.)
Porque o mundo me empurrou,
caí na lama, e então
tomei-lhe a cor, mas não sou
a lama que muitos são.
(Porque o mundo me sujou,
Imundo agora estou,
Tomei coragem para mudar,
Igual a eles, não estou.)
Eu não tenho vistas largas,
nem grande sabedoria,
mas dão-me as horas amargas
lições de filosofia.
(Eu tenho olhos grandes,
Enxergo além do monte,
Mas o tempo que tenho,
Uso para filosofar)
António Aleixo, (Este livro que vos deixo)
Geilda Souza de Carvalho, (Esta glosa imperfeita)
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