Patrono: Augusto dos Anjos
Acadêmico: Antonio Montes
Cadeira: 16
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Apogeu poético
modalidade: Moderno
Tema: Destino
Obra:
DESTINO RALÉ
Moço, me da uma moeda?
Eu sei... Nasci pobre, sou ralé
e meu destino é trabalhar
Mas já pedalei caçando vaga
e placas dizendo-me... Não há.
Nesse reduto de gente grande
Todo dia, passo fome,
e n’essa calçada por cá
quando me veem chorar,
buchichos dizem... Não é homem.
Às vezes nos bancos das praças
migalho um tiquinho de amor
olhos então me veem sem graça
aumentando assim, a minha dor.
Eu tinha casa lá no morro!
Que a enxurrada levou,
tentei morar na baixada
as águas então despencadas
a minha esperança alagou.
O meu endereço, perdi
não sei se estou indo ou vindo
meu destino, alui assim
perambulando insistindo.
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