Em meio à multidão, encontro-me sozinho
Pensamentos soturnos, profunda tristeza
Anseios lúgubres. Perdido sem um ninho
Recorro-me, absorto, buscar a sua beleza.
Taciturno, descubro que a minha fraqueza
Consiste em viver sem afago e sem carinho
Recolho-me, extasiado, de frieza
Buscar desafogo, recôndito espinho.
Minh’alma cansada dessa sofreguidão
Descobre, por fim, um sinal de euforia
No ardor torvo, amiúde emoção.
Sou poeta: necessito da nostalgia!
Não lamento e transformo em inspiração
M’a solidão, na mais doce poesia!
(Vânia Oliveira)
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