terça-feira, 8 de setembro de 2015

Moisés A.Jalane








Projeto : Meu Patrono Visto Por Mim

Patrono: Charles Baudelaire
Académico: Moisés A. Jalane
Cadeira: 15


Meu Patrono visto por mim

Charles-Pierre Baudelaire, poeta francês, crítico de arte e tradutor, foi/é, ao meu ver, um dos poucos titulares que a poesia incumbiu para dar um novo oásis não só a poesia mas a arte no seu todo, quer no modo de a fazer bem como na maneira de se encarar. Charles Baudelaire (Paris, 9 de abril de 1821 — Paris, 31 de agosto de1867), poeta maldito, boémio, rebelde ou ainda o autor que escreveu "A QUE ESTÁ SEMPRE ALEGRE" divagou no mundo poético e da poética rodeado por inúmeras inquirições... ele, por si só, instituiu-se um clássico e refinou a beleza que muitos consagravam marginal. Baudelaire, poeta maldito que ele era, dialogou com um mundo quimérico e aventureiro do qual ouviu e fez brotar lindos versos prosaicos com um afeto indescritível de simpatia e confidência, capazes de fazer deleitar-se distintos leitores e fazer se espelhar almas sensíveis. Engana-se aquele que suspeita que os escritos do Baudelaire foram redigidos só e somente para expor e ou exprimir melancolia, tal como se diz — a expressão é um calmante, alivia... folgo-me em concluir que a poesia do Baudelaire é uma relíquia incomensurável na melancolia para quem a estima pela pele abaixo, a título do exemplo da sua obra "As Flores do Mal", só para não alongar, diria eu (escrevendo) "Os Venenos do Bem".

" Quem olha, de fora, através de uma janela aberta, não vê jamais tantas coisas quanto quem olha uma janela fechada. Não há objeto mais profundo, mais misterioso, mais fecundo, mais tenebroso, mais deslumbrante do que uma janela iluminada por uma vela, O que se pode ver à luz do sol é sempre menos interessante do que o que se passa atrás de uma vidraça. Nesse buraco negro ou luminoso vive a vida, sonha a vida, sofre a vida. " Charles Baudelaire

Vivo! será? — será verdade que vivo neste interior de olhos fechados? Será que é essa, a morada libertária que se me voa o corpo? E as janelas? Porque é que não pertencem à uma casa submarina? Sim! — posto que elas estão voltadas no aquário, o diário das horas que mutilam a água. Moisés Jalane








Um comentário:

  1. Que tudo que nós olharmos , que passamos a sentir o calor e os desejos das CONQUISTAS ONDE ESTIVER parabéns ! Acadêmico: Moisés A. Jalane

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