terça-feira, 8 de setembro de 2015

Sônia Gonçalves



















Projeto : Meu Patrono Visto Por Mim.
Patrono: Carlos Drummond de Andrade
Acadêmica: Sônia Gonçalves
Cadeira: 14

SOBRE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, meu patrono visto por mim, nunca poderia ou caberia aqui expressar toda minha admiração pelo tão grandioso poeta Drummond.
Carlos Drummond de Andrade, difícil falar sobre esse poeta considerado um entre os três mais importantes da língua portuguesa, é tido como o maior poeta brasileiro do século XX o que me espanta? Nada, pois “ele” o poeta hoje seria sem dúvida “o cara”, um homem brilhante inteligentíssimo nascido em Itabira MG, era bem irônico em muitas poesias demonstra isso, o que acredito tenha ajudado em sua fama já que viveu uma época de militarismo e perseguição aos jornalistas como todos sabem...Era um amante extremista, sem ser considerado galã fazia imenso sucesso entre as mulheres, creio que pelo seu lado humanitário e até bem prático, pois pelo que leio de Drummond não era dado ao romantismo exacerbado, possuía um lado prático e até meio sarcástico...mas com uma delicadeza incrível com a ala feminina, dono de um talento incrível para as letras e um jeito simples , desprezava rapapés e não cavava menções honrosas e tudo que diz respeito, porém recebeu e recebe muitas até hoje , possui uma estátua super famosa em sua homenagem em Copacabana desde a época do centenário de seu nascimento em 2002...Já que ele era radicado no RJ até sua morte...O poeta nasceu em 1902 e faleceu em 1987, acredito de desgosto pela perda da filha que idolatrava...(Sônia Gonçalves)



Analisando Drummond:

(Texto da Net)
Analisando a partir da dialética: “Eu x mundo” (Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica, Eu menor que o mundo — marcada pela poesia social e Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica). Autor de importantes obras, tais como Alguma Poesia e A rosa do Povo, considerada a sua obra-prima, foi galardoado com importantes lauréis: Prêmio pelo Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d’Oliveira (1946) e o Prêmio de Poesia, da Associação Paulista de Críticos Literários (1974), dentre outros; não obstante ser avesso a condecorações. Devido a sua proeminência, Drummond recebeu várias homenagens, dentre os quais, destaco: a confecção da sua efígie nas notas de cinqüenta cruzados novos (em circulação de 1988 a 1990) e a construção
de um memorial em Itabira, sua cidade natal.

AS SEM-RAZÕES DO AMOR
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE


Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo
.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,

na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.

Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.


Glosa:

Amor Sem Razão

Eu te amo por amor sê-lo
Sou amante porque amo
Não poderia deixar de sê-lo
Eu te amo porque te amo.

Amor pra ’lma é unguento
Vive no sujeito oculto em elipse
Verso erudito na língua do vento,
Na cachoeira, no eclipse.

Ainda que mil vocabulários
Traduzam amor simples assim;
Multilíngues serão relés glossários 
Bastante ou demais a mim.

Porque amor chama sentimento,
É vela acesa queimando a esmo.
Não se apaga nem há pagamento,
Feliz e forte em si mesmo.

Amor segue a morte e vai além...
É primo sui generis superior
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.

Son Dos Poemas –












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