Patrono: Augusto dos Anjos
Acadêmico: Antonio Montes
Cadeira: 16
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AO MESTRE
Um dia mestre, quem sabe...
Mostrarás a mim, o seu angustioso
caminho. O qual, ao te ler-te...
Como se fosse flecha, ao meu peito invade,
destroçando em mim o meu sonho
espatifando sobre o ar, o meu ninho
e, em uma tarde de amarga tempestade,
debruça-me sobre os braços do pesadelo
me deixando sozinho.
É Augusto, não sei porque dos Anjos
Se com esse teu pessimismo, tão rico!
Viveu a descrever a morte!
Tanto sangue! Tanto osso! Essa angustia
moral em um homem tão moço!
Esqueletos e essa fétida podridão...
Tão presente! Tão forte!
Mestre, mestre...
Corresse em seu cavalo, por todo tempo
empunhando espada e canhão
semeasse tanta flor com seus espinhos...
Flores, que hoje enche de cores,
a qualquer coração.
Antonio Montes 06/11/15
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