terça-feira, 10 de novembro de 2015

Meu Patrono Visto Por Mim "Ana Sofia Carvalho"



Projeto: O Meu Patrono Visto Por Mim
Patrono : Florbela espanca
Acadêmica : Ana Sofia Carvalho
Cadeira : 20


Estimados e nobres académicos e demais visitantes desta página,

Esta semana decorre o projeto “O Meu patrono visto por mim”, em que cada um de nós apresenta o respetivo patrono, numa perspetiva mais biográfica ou literária, segundo o cunho pessoal de cada um.
Optei por fazer uma breve referência bio e bibliográfica de Florbela, acompanhada de um vídeo com uma música que imortaliza, pela voz de Luis Represas dos Trovante, um dos seus mais emblemáticos sonetos. 
Finalizo com um humilde soneto decassilábico da minha autoria com que cunho a minha homenagem pessoal à vida de Florbela, que tinha nesta forma literária a sua roupagem poética de eleição.
Espero que gostem. Até para a semana.

ASC

SÍNTESE BIO-BIBLIOGRÁFICA DE FLORBELA ESPANCA

Poetisa portuguesa, nascida em vila viçosa em 1894 e falecida em Matosinhos em 1930, na sequência da ingestão de barbitúricos, Florbela Espanca cursou Direito em Lisboa, em 1917, tendo publicado dois anos depois o “Livro de Mágoas” e, em 1923, “Soror Saudade”. Em 1931, foi editada postumamente a recolha “Charneca em Flor” (2º edição no mesmo ano, aumentada com os sonetos de reliquiae) . Vieram ainda a lume, em 1931, as suas “Cartas” e dois livros de contos, “As Máscaras do Destino” e “Dominó Preto”.
Fica para sempre como emblemático da sua obra poética, o soneto “Amar-te assim perdidamente” imortalizado pelos Trovante, banda de música portuguesa que fez furor nas últimas duas décadas do século 20, e cuja versão ao vivo aqui vos deixo em vídeo.


SONETO PARA FLORBELA ESPANCA

Eu sou a que do mundo pouco viu
E a que nele apenas deixou versos
Aquela que em vida nunca riu
E na morte deixou choros dispersos.

Eu sou a que apenas soube amar
Aqueles que a mim nunca amaram
Que nunca teve um pai p’ra respeitar
E chorou pelos que a rejeitaram.

Com mágoas nasci em Vila Viçosa,
Com mágoas me mudei para Lisboa,
Escrevendo para sentir-me amorosa.

Mas nunca fui feliz como pessoa!
Do corpo libertei-me em Matosinhos
E deixei em sonetos meus espinhos!

ASC

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