quarta-feira, 6 de julho de 2016

DIA DOS NAMORADOS - AMOR É

Patronesse : Natália Correia
Acadêmica : Ana Carvalhosa.
Cadeira : 32

12 DE JUNHO DIA DOS NAMORADOS !
AMOR é............................
no silêncio dos teus braços 
encontro a cor que cupido me deu
a chave para o retorno...
amar-te é enlear-te
nos teus braços tecer-me
no silêncio escrever-te
quando sorris derreto-me
nos teus braços desmancho-me
em tão profundo querer que te amo
amar é vIrgular-te
ter a certeza que na vírgula te enrolo
envolo e desnovelo por amor
amar-te é encontrar-te na ilusão de saber-te
que por cada vez que a saudade me tocar
estou na realidade a viver-te
amar-te é colorir meu chão 
nas pétalas que deixaste
e rechear as paredes 
nos reflexos delas
espelhos da alma 
gemas puras de te sentir
que não há outro remédio
que melhor cure a vida
do que amar-te por cada momento
que na minha memória perdure
amar é um estado 
meu país e reino
sem rainha ou rei
minha pura lei
é preciso dizer que te amo a cada amanhecer
e comprovar a cada entardecer
para que a folha se possa encontrar e nascer
em poesias novas escrever
tocar-te delicia de amar
é pintar-te rosa e saber...
que tens a cor que me der
nas simples vagas do mar 
cantar-te é saber-te noite 
na lareira a crepitar
nas fagulhas de te tocar
no silêncio de te beber
silêncio calar-te
ouvir-te e saborear-te
num cantar que passa
amar é respirar, quando fechas a porta com a força do vento, e, deixas teu rasto no ar...
pois sei que mesmo que abales, agora, mais um ou outro momento não aguentas e vais voltar...
porque queres recuperar o rasto do temporal que o amor fez-se para se guardar...
podes deixar o amor servido
em tigelas de sobremesa
para ir degustando 
sempre que me apeteça
amar-te é desprender-te
deixar-te seguir
esperar-te cansado
e, no fim, sorrir
andaste de lado para lado
num vai e volta e torna a ir
mas desprender-te é
agarrar-te e sorrir,
nunca poderei dizer... ai como amei...
porque eu sei que minto
só posso dizer... eu amarei...
(cada segundo que puder, por puder te escutar, estender a mão e tocar, saber ali, ou além, mas sabendo que existe algures por aí, espalhado, misturado o pólen do amor)
parar naquela esquina e ver a linha recta que nos serviu perpendicular, ângulo recto, de saudações de todas as cores, quando garrida chegavas de braços abertos parando o trânsito e a não querer saber, ou a correr chamavas porque estavas com fome e tinha de ser, despacha-te, dizias, sem querer saber lá ia, sabia que era apetite de horas, e lá se ia o dia sem quase nada fazer, com o tanto que se fazia, compromissos que a vida nos reservou numa mesa quadrada, frente a frente, a gente calada, chorava, no silêncio só nós entendiamos o que pensávamos e, nas lágrimas fora deitávamos, mas logo, logo, pulávamos na estrada e corríamos no rectângulo do alcatrão, que negro e quente escaldante era este chão que se colocava na sola do chinelo, descalço é que não,... e assim amar se fez e, assim se dá a mão, na despedida marcada para ser a última vez.



Nenhum comentário:

Postar um comentário