Entre quatro paredes, nuas, frias,
Com cheiro a história, a mofo, a humidade,
Há um silêncio imenso, uma saudade,
De tempos idos, risos, alegrias!
Há uma nostalgia, uma vontade,
De pôr um fim aos anos e aos dias,
Alimentando ideias doentias,
Que o desespero atroz a mente invade!
Há sonhos que ficaram p’lo caminho,
Antes de envelhecer, de estar sozinho
E de sobreviver de compaixão…
Farrapo que hoje sou e ninguém quer,
Habito o desalento de viver,
Em total abandono e solidão!...
José Manuel Cabrita Neves
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