quinta-feira, 2 de março de 2017


Sequenciado as homenagens enquanto revisitamos as poesias do membro acadêmico AVL Antonio C Almeida e da sua patronosse Cora Coralina na passagem de dois anos de atividades poéticas AVL!



NO FRESCOR DA JANELA DO TEMPO

Ainda guardo um retrato,
junto a outros empoeirados,
pendurados na estante,
simples ou complexos divago.


No etéreo período que primo,
olhar pelas janelas das lembranças,
Num tom cinza em esperança,
No leito que me deito deleito.

Que seja assim nesta idade,
sentir sem sentir o que invade,
a dor que é dor de outra dor,
Cacos que determinam cor.

Dos diversos tons da flor,
Que mesmo em imagem trazem seu odor.
Que chega nas lembranças do que fixou em memória.
Belezas guardadas de uma história.

Assim preso na biografia de uma vida,
Que chega da estante em um instante.
Lento, rápido pela contínua idade,
Fugaz continuidade.




NUVENS DE ALGODÃO

Pode ser osso ou cão
Uma flor ou coração
A imagem de um poema
Que atinge unicamente
A quem vive o tema.


Que se enxerga no verso
Dádiva que chega neste universo.

Onde a mente navega no que é entrega
Nas formas que se formam belas
Para ela ou ele ou ambos num deleite
Nestes abraços de braços dados ao aceite.

Das lágrimas das nuvens de algodão
Que colore céu e decora chão,
Que brota em vida tão querida
Das lágrimas de um céu logo azul.

De terra que espera o beijo molhado
Da semente que cresce em provimento farto
Para quem recebe o toque do vento
Com gotas em alimento no que nos traz sentimento.

18/02/2017
 







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